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Quais os caminhos para mensurar a sustentabilidade no turismo?




A sustentabilidade é uma das principais pautas discutidas no mundo. De fato, não temos como fugir de uma temática tão relevante para nossas vidas, e quanto mais você tiver informações, será melhor para o seu negócio. Quer saber de que maneira a sua empresa ou organização poderá mensurar os seus impactos e como ter uma postura mais responsável?


Em primeiro lugar, é importante relembrar que a sustentabilidade é a capacidade de uso consciente dos recursos naturais e humanos, sem comprometer o bem-estar das gerações atuais e futuras. Não se trata de uma linha de chegada, e sim de uma busca continua por ações mais responsáveis e uma postura com menores impactos. Ela está firmada em três importantes pilares:


1) Ambiental. Trata da redução de riscos para os elementos naturais que sustentam a integridade global do ecossistema, sendo eles a qualidade do ar, dos solos, das águas e dos seres vivos. Entre seus indicadores estão: economia de água e energia, redução do uso de plásticos descartáveis, uso de produtos biodegradáveis, reciclagem de resíduos sólidos, redução da pegada de carbono e uso de energias renováveis (eólica, solar e biomassa).


2) Social. Relacionado ao capital humano de um empreendimento, comunidade e sociedade como um todo, é voltado para um conjunto de ações com o intuito de melhorar a qualidade de vida da população. Essas ações visam, por exemplo, mitigar desigualdades sociais, ampliar os direitos e garantir acesso aos serviços de educação e saúde. Entre seus indicadores estão: igualdade de gênero e racial, engajamento em iniciativas sociais, empregabilidade de pessoas com deficiência, preservação da cultura e patrimônio local, apoio à comunidade local e equilíbrio entre a vida profissional e pessoal dos trabalhadores.


3) Econômico. É o conjunto de práticas financeiras e administrativas para promover o desenvolvimento econômico e a saúde financeira de uma empresa, respeitando as dimensões sociais e ambientais de seu entorno. Seu maior objetivo é equilibrar o crescimento econômico e lucratividade com a geração de impacto socioambiental positivo. Entre seus indicadores estão: um plano de negócios responsável, investimento em inovação e transformação digital, condições comerciais favoráveis para 5 anos, diversificação na atuação (produtos e mercados) e adoção de multicanais para distribuição.


A sustentabilidade só é realmente efetiva quando esses três pilares estão interconectados. Eles devem sempre interagir de forma harmônica, garantindo a integridade do planeta e da sociedade durante o crescimento e desenvolvimento econômico. As ações são indispensáveis para qualquer setor da economia, principalmente para o turismo, que, se não for bem planejado e executado, tem o poder de acelerar a degradação do meio ambiente e de patrimônios históricos de um local.


Sendo assim, como podemos mensurar as nossas atividades e constatar se elas são sustentáveis ou não?


Você sabia que o Ministério do Turismo em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) divulgou normas para o desenvolvimento sustentável do turismo? Elas foram desenvolvidas para os meios de hospedagem, mas, claro, são aplicáveis em todo o setor turístico. Essas normas visam: garantir os direitos das populações locais; conservar o ambiente natural e sua biodiversidade; considerar o patrimônio cultural e valores locais; estimular o desenvolvimento social e econômico dos destinos turísticos; dentre outros. Quer conhecer mais? Acesse aqui.


Outra forma de mensuração são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Desenvolvidos pela ONU em 2015, definem um quadro global para erradicar a pobreza extrema, combater a desigualdade e a injustiça e reparar as mudanças climáticas até o ano de 2030. O turismo tem o potencial para contribuir, direta ou indiretamente, com todos os objetivos, principalmente com o 8, 12 e 14.





Além disso, também existem normas da International Society Of Standards (ISO), como: a ISO 14001, que auxilia as empresas a identificarem e gerenciarem seus riscos ambientais como parte de suas práticas de negócios. Permite, ainda, implementar, manter e melhorar um sistema de gestão ambiental para assegurar conformidade com a política ambiental e demonstrar tal conformidade com as partes interessadas.


A ISO 14031, que diz respeito às diretrizes para a avaliação do desempenho ambiental por meio da utilização de indicadores. Ela propõe duas categorias de indicadores a serem considerados na condução da Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA): o Indicador de Condição Ambiental (ICA) e o Indicador de Desempenho Ambiental (IDA).


A ISO 26000 que tem como foco a responsabilidade socioambiental (RSE) e surgiu como uma ferramenta a facilitar o trabalho das empresas na criação de iniciativas para atender expectativas da sociedade. Ela pode ser incorporada por empresas que já tenham experiência com RSE e queiram desenvolver mais este aspecto ou por organizações que gostariam de desenvolver sua responsabilidade social e sustentabilidade.


Por fim, não podemos deixar de mencionar a Environmental, Social and Governance (ESG), uma nova roupagem dessa busca por atitudes mais responsáveis pelas empresas, que se trata da governança ambiental, social e corporativa, sendo uma abordagem que avalia até que ponto uma corporação trabalha em prol de objetivos que vão além da função de maximizar os lucros por parte de seus acionistas. Para acompanhar e medir o desempenho dos padrões ESG de uma empresa, é necessário analisar quais aspectos representam riscos, oportunidades ou impactos importantes para o sucesso do negócio.


Claro, a ESG também está pautada naqueles mesmos três pilares da sustentabilidade. Seus indicadores, em uma gestão responsável, são: 1) Ambiental: emissão de carbono, desmatamento, gestão de resíduos, escassez de água e eficiência energética; 2) Social: relacionamento humanizado com o cliente, diversidade entre colaboradores, políticas de prevenção ao assédio sexual, equidade, relacionamento com a sociedade, propostas de favorecimento às minorias, comprometimento com os direitos humanos e trabalhistas; e 3) Governança: conduta corporativa, transparência das informações, composição do conselho, estrutura do comitê de auditoria, remuneração dos executivos, canal para denúncias.


Agora que você já sabe os caminhos para mensurar a sustentabilidade no seu negócio. Conte-nos quais dessas alternativas já estão implementadas em sua empresa ou organização? Ou qual delas pretende efetivar?


Precisa de ajuda para criar indicadores e mensurar a sustentabilidade das suas ações, do seu negócio ou destino? Contacte a nossa equipe.


Por Ascom, SPRINT Dados

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