Que o turismo apresenta-se como forte meio de promoção e conservação da história e cultura de determinado país, bem como impulsionador da economia, isso não é novidade. Entretanto, se não for bem planejado e desenvolvido de maneira desordenada, tem o poder de acelerar a degradação do meio ambiente e de patrimônios históricos do local. O que também não é novidade. O turismo responsável há muito tem sido pauta das reuniões de organizações, destinos, grandes e pequenas empresas, com a busca e o desejo de que o turismo, se desenvolva, porém da forma mais sustentável. Sim é possível!
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por exemplo, em parceria com o Ministério do Turismo, publicou normas para o desenvolvimento sustentável do turismo no Brasil em meios de hospedagem, mas que, claro, são aplicáveis em todo o setor turístico. Tais normas visam: garantir os direitos das populações locais; conservar o ambiente natural e sua biodiversidade; considerar o patrimônio cultural e valores locais; estimular o desenvolvimento social e econômico dos destinos turísticos; dentre outras. Quer conhecer mais? Acesse aqui.
Para uma gestão responsável, o turismo deve estabelecer procedimentos éticos de negócio, visando engajar a responsabilidade social, econômica e ambiental de todos os integrantes da atividade, incrementando o comprometimento do seu pessoal, fornecedores e turistas, em assuntos de sustentabilidade, desde a elaboração de sua missão, objetivos, estratégias, metas, planos e processos de gestão.
Outro exemplo são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), desenvolvidos em 2015, os quais definem um quadro global para erradicar a pobreza extrema, combater a desigualdade social e a injustiça, bem como reparar as mudanças climáticas até o ano de 2030. O turismo tem o potencial para contribuir, direta ou indiretamente, com todos ODS, principalmente nos objetivos: 8º (Trabalho digno e crescimento econômico); 12º (Produção e consumo sustentáveis); e 14º (Proteção à vida marinha.
De acordo com o The Economist, o Brasil ocupa o 7º lugar dos 10 países mais sustentáveis com relação ao turismo. Essa prática pressupõe que a atividade que atenda as demandas do turista e as necessidades socioeconômicas das regiões receptoras, mantendo a integridade cultural, natural e biológica do destino visitado. O turismo sustentável possui várias subcategorias diferentes como: Ecoturismo, Turismo Comunitário, Turismo Rural, Turismo Suave.
Confira a lista dos 10 tops, seguindo o The Economist
Um dos melhores exemplos de turismo sustentável brasileiro é o caso do município de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Entre as paisagens naturais e passeios que permitem proximidade com animais exóticos da região, Bonito possui um sistema de voucher digital que controla o número de turistas nas atrações, para impedir que a natureza sofra impactos negativos. Vale lembrar que Bonito foi eleito em 2013 como o melhor destino sustentável do planeta.
Outros destinos brasileiros sustentáveis interessantes para conhecer, segundo o site Viajar Verde, são: Forquilhinha (SC), Tibau do Sul (RN), São Miguel do Gostoso (RN), Rolante (RS) e Gaspar (SC).
No turismo nacional o Prêmio Braztoa de Sustentabilidade uma iniciativa da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA) reconhece as melhores práticas nacionais do turismo sustentável alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), há 10 anos! Há 3 edições conta com apoio técnico da SPRINT Dados.
A premiação objetiva incentivar, reconhecer e dar visibilidade a iniciativas que se destaquem como as melhores práticas de sustentabilidade, contribuindo com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Com mais de 1.000 inscritos e 102 premiados, o Prêmio se consolida como a maior premiação a nível nacional, e já reconheceu iniciativas de todas as regiões brasileiras, tendo recebido candidaturas de todos os Estados.
Quer saber mais sobre o Prêmio? Acesse www.braztoa.com.br
Para participar do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2023/24, confira o Regulamento aqui, e envie a sua Candidatura aqui.
Para te inspirar, deixamos aqui três iniciativas internacionais que podem servir de exemplo das possibilidades da sustentabilidade no turismo:
· Passeios de safári sustentáveis de luxo
Os passeios de safári têm o potencial de serem exploradores, mas vários operadores turísticos agora estão operando passeios de safári mais éticos e sustentáveis, os quais contribuem extraordinariamente para a localidade. Um exemplo é a empresa de turismo andBeyond, que oferece safáris de luxo em Botswana, Tanzânia, Quênia e em vários outros locais. A empresa instala microrredes elétricas para tornar o consumo de energia mais sustentável, enquanto investe em terras, animais e na comunidade local.
· Atlantis Submarines (Havaí)
A Atlantis Submarines é uma empresa de submarinos de passageiros que oferece passeios de mergulho no Havaí. A empresa está presente em três diferentes ilhas havaianas e permite que os interessados em ecoturismo participem de uma experiência que atende aos princípios do turismo sustentável. Por exemplo, os submarinos usados pela Atlantis Submarines são movidos a bateria. Isto significa que não liberam gases de efeito estufa ou causam poluição na água. Também os tornam significativamente mais silenciosos do que os submarinos tradicionais, o que é ótimo para proteger o ecossistema natural marinho do Havaí.
· Restaurante “Azurmendi” – autossustentável (Espanha)
O Azurmendi é um restaurante em Bilbao (Espanha), premiado com três estrelas Michelin, cujo destaque é a qualidade global da sua gastronomia. No entanto, o que torna esse restaurante verdadeiramente especial é a sua abordagem à sustentabilidade, o que garante aos visitantes da região o desfrute da comida natural, principalmente quando envolvidos em práticas de turismo sustentável. Exemplos de medidas para promover a sustentabilidade incluem o uso de energia geotérmica e solar para alimentar o restaurante e o cultivo de vegetais na própria horta, para serem utilizados no cardápio. Além disso, o lixo orgânico, em sua grande parte, é transformado em composto, que os agricultores locais usam como adubo.
Por Ascom, Sprint Dados
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