Inteligência Artificial e o Carnaval: As Marchinhas Criadas pela Tecnologia

Imagem gerada por Inteligência Artificial

O Carnaval é uma das festas mais tradicionais do Brasil, conhecido por sua alegria contagiante, desfiles de escolas de samba e, é claro, as icônicas marchinhas. Mas e se a tecnologia pudesse contribuir para a criação destas músicas tão queridas pelo público? É exatamente isso que tem acontecido no Carnaval, em que a inteligência artificial (IA) está sendo utilizada para compor marchinhas inéditas.

A Tecnologia Criando Cultura

A aplicação da IA na música já não é novidade. Ferramentas como o AIVA (Artificial Intelligence Virtual Artist) têm sido utilizadas para compor músicas clássicas e neoclássicas, demonstrando a capacidade da tecnologia em criar peças musicais complexas. No contexto do Carnaval brasileiro, a IA foi empregada para analisar padrões musicais, rimas e temáticas clássicas das marchinhas, gerando composições autênticas que mantêm o tom irreverente e festivo característico do gênero.

Como Funcionou?

Para criar as marchinhas, desenvolvedores alimentaram a IA com letras e melodias tradicionais, permitindo que o sistema aprendesse os elementos essenciais do estilo. A partir disso, a tecnologia gerou novas composições em questão de minutos, combinando criatividade e análise de dados para produzir músicas que poderiam facilmente ser entoadas nos blocos de rua e bailes carnavalescos. Plataformas como a Loudly permitem que qualquer pessoa crie músicas com IA, escolhendo o gênero e a duração desejada, resultando em composições personalizadas em segundos.

O Impacto no Carnaval

A adoção da IA na produção de marchinhas demonstra como a inovação pode coexistir com a tradição. Além de oferecer novas possibilidades para músicos e compositores, essa iniciativa abre espaço para discussões sobre o papel da tecnologia na arte e na cultura. No entanto, é importante considerar as implicações éticas e criativas desse avanço. Recentemente, mais de 1.000 músicos, incluindo Damon Albarn e Annie Lennox, lançaram um álbum mudo intitulado "Is This What We Want?" em protesto contra o uso não autorizado de obras protegidas por direitos autorais por empresas de IA. Eles argumentam que a exploração do trabalho artístico sem compensação adequada pode prejudicar a indústria musical e a criatividade humana.

Por outro lado, artistas como Daniel Bedingfield veem a IA como uma ferramenta revolucionária que pode ampliar as fronteiras da criação musical, permitindo que mais pessoas produzam músicas de alta qualidade de forma eficiente. Bedingfield utilizou a IA para compilar um novo álbum e desenvolveu um aplicativo que combina música com vídeos gerados por IA mostrando como a tecnologia pode ser integrada ao processo criativo.

Será que no futuro teremos blocos inteiros cantando músicas criadas por inteligência artificial? Ou essa tecnologia servirá apenas como uma ferramenta de apoio para os artistas? Independentemente da resposta, o Carnaval desses últimos anos mostrou que a fusão entre cultura e tecnologia pode resultar em algo surpreendente e divertido.

O que você acha dessa novidade? Acredita que a inteligência artificial pode ser uma aliada na preservação e inovação da cultura carnavalesca? Compartilhe sua opinião conosco!

fontes:

• https://cbn.globo.com/coberturas/carnaval-2024/noticia/2024/02/03/inteligencia-artificial-conheca-as-marchinhas-de-carnaval-criadas-pela-tecnologia.ghtml?

• https://www.loudly.com/criar-musica-com-inteligencia-artificial?

• https://www.huffingtonpost.es/life/cultura/mil-musicos-damon-albarn-annie-lennox-crean-album-mudo-protesta-ia.html?

• https://www.theguardian.com/music/article/2024/aug/03/daniel-bedingfield-ai-artificial-intelligence-music-creative-industries?